Como podemos exigir mudanças estruturais nas bases de nossa sociedade se ao mesmo tempo em que nossa educação é péssima, nossa cultura torna-se cada dia mais questionável.
Enfim, bem coisa de brasileiro eu fiz agora, falei apenas o óbvio. Porém, não disse ainda é que existem formas de melhoria na qualidade social baseadas no exercício da memória cultural de nosso povo. Brasileiros sim, mas não vivemos apenas de feijoada, carnaval e caipirinha. Existem centenas de outros elementos em nossa sociedade que poderiam trazer a tona o que de melhor já se desenvolveu neste país. História é a memória do mundo.
Perdemos ótimas oportunidades de expressar sentimentos e vivências, estamos sempre aguardando um Herói que resolva nossos problemas de maneira definitiva, porém, heróis só existem em estórias de TV e quadrinhos. No Brasil existem guerreiros, mas não aqueles caricatos que usam espadas e vestem armaduras, em geral eles acordam muito cedo, pegam duas ou três “conduções” e encaram diariamente mais de oito horas de trabalho árduo e no final do mês companheiro, se viram com pouco mais de quatrocentos pilas.
De outro modo, podemos transpor esses argumentos para o mundo religioso, lembrando que não é o ministro quem nos leva a Deus e sim Deus quem nos acolhe.
Lembro de um livro que falava que o herói do “Batmam” é seu mordomo Alfred, e não o milionário órfão. Afinal de contas quem faz o serviço sujo? Quem costura a capa, cuida do bat-móvel e lava a roupa? O Robin quem não é!!!
Assim como Batman não vive sem Alfred, o ser humano não cresce sem educação, não evolui para ocupar um novo espaço em meio a sociedade. Darwin deve se revirar no túmulo em ver que não estamos acompanhando a “seleção natural” das coisas.
Quero mais educação e história para mentes sem memória.
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